sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Meu coração é frágil-forte, sabe se medir. Às vezes se alonga demais, se esquece de si. Vai onde nunca pensou que iria, e volta, cheio, se derramando. Ou volta querendo o que não foi, carente, mas nunca vazio.

As palavras lhes são agudas e desnecessárias. Não as conhece muito bem. Prefere olhos, bocas, gestos. Prefere o que é certo. Não é cego, nem surdo, nem indouto. Guia-se nem sempre pelo caminho certo. Mas quem o faz?

Meu coração é largo-estreito, nele não cabe o mundo inteiro, mas se aninham alguns passarinhos coloridos. Pode amar e desamar com a mesma força. Se apegar e entregar como se fosse jovem. Pode cair e se levantar, mesmo que lentamente.

Ele dói de dor e de amor. Mas não é sempre. Também canta e descansa. Hoje, não é inquieto e friável. Mas conta histórias de dias em que sangrava de taquicardia desnecessária.

Falar dele é sempre se alongar em palavras sem fim. É não esquecer que dele procedem minhas fontes e que cuidar é tão vital quanto deixar bater, encher e esvaziar, sem descrer.

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