quarta-feira, 14 de julho de 2010



Eu sou um vaso quebrado pela vida

Eu sou um vaso arranhado pelas circunstâncias
Eu sou vaso quebrado tentando me reconstruir
Eu já fui encostado por haver outros mais fortes
Eu já fui um vaso vazio, sem água, sem flores

Buscando a aceitação dos homens, querendo estar no
centro
Mas um dia o Oleiro veio... e me Olhou

Mas um dia o Oleiro veio... e me levou
Mas um dia o Oleiro veio... e quebrou meu coração
E me fez um Vaso novo
Não importa o lugar, sei que sou visto por TI
Não importa o lugar, sei que sou amado por TI
Não importa o lugar, sei que sou aceito por TI
Não importa o lugar, sei que sou amado por TI

Heloisa Rosa.

sábado, 3 de julho de 2010

Uma coisa ela já havia aprendido sobre si mesma: não tinha um coração duro. Sabia que seus defeitos não eram poucos. De vários tinha consciência. E por não ser a dureza de coração um deles é que tentava mudar. Melhorar.



Talvez por isso lhe doesse tanto o fato de algumas pessoas permanecerem estáticas, imóveis, empedradas diante do sofrimento alheio. Fosse alheio o distante ou o mais próximo dos próximos. Simplesmente era e continuava a ser alheio.


Mesmo diante da aproximação e do aquebrantamento algumas pessoas permaneciam incólumes, impenetráveis. Não adiantava gritar, chorar, implorar. Era como sacudir estátuas de pedra esperando delas alguma reação humana.


E como isso lhe era penoso, lhe fazia sofrer.


Nessas horas um versículo sempre lhe vinha a memória: " Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus."


E aí pensava: só Deus mesmo para lidar com a dureza de coração.