sábado, 3 de julho de 2010

Uma coisa ela já havia aprendido sobre si mesma: não tinha um coração duro. Sabia que seus defeitos não eram poucos. De vários tinha consciência. E por não ser a dureza de coração um deles é que tentava mudar. Melhorar.



Talvez por isso lhe doesse tanto o fato de algumas pessoas permanecerem estáticas, imóveis, empedradas diante do sofrimento alheio. Fosse alheio o distante ou o mais próximo dos próximos. Simplesmente era e continuava a ser alheio.


Mesmo diante da aproximação e do aquebrantamento algumas pessoas permaneciam incólumes, impenetráveis. Não adiantava gritar, chorar, implorar. Era como sacudir estátuas de pedra esperando delas alguma reação humana.


E como isso lhe era penoso, lhe fazia sofrer.


Nessas horas um versículo sempre lhe vinha a memória: " Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus."


E aí pensava: só Deus mesmo para lidar com a dureza de coração.

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